quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A 1ª viagem - parte III

Acordei meu atordoado e como de costume verifiquei as horas em meu velho e companheiro relógio, e ele não estava funcionando. Olhei novamente ao meu redor e me senti feliz, sabia que ali eu estava só e isso me encheu de prazer. Pelo menos ali eu poderia ser quem eu sou e fazer o que queria, sem ter que decidir entre ninguém, pois tinha que decidir apenas por mim mesmo. Andei um pouco e fui me refrescar tomando um bom banho de cachoeira, estava de alma limpa.

Não pensava mais em minhas angustiantes perguntas sem respostas. Estava apenas eu comigo mesmo. Depois de horas caminhando sem rumo ao mesmo tempo com rumo certo, repousei sob um carvalho. Confesso que nesse momento me senti só, como se estivesse deitado em meu quarto num domingo à tarde. Fiquei revoltado, mas aquilo era o que eu sempre desejei em meu intimo. Não podia e não tinha o dever de reclamar, era meu destino.

Estar ali naquele lugar por mais que fosse predestinado agora me sentia obrigado e não podia falar nada. Comecei a não entender o porquê de estar ali, o porquê de todos os meus antepassados terem que vir pra esse lugar ou algum parecido. Será que sou doente e ainda não sei? Ou que isso seja a salvação da humanidade???

Confesso que não ligo pra humanidade. Eles por acaso ligam pra mim??? NÃO!!! Mas ali era meu dever estar e entender. Sou jovem e feliz ou infeliz. Agora ali era meu lugar, um lugar onde não quero estar, onde não me sinto mais em casa. Só quero ir para um lugar onde realmente eu possa ser eu, mesmo com as coisas desagradáveis que me cercam.

2 comentários:

  1. Gostei das frases: Confesso que não ligo pra humanidade. Eles por acaso ligam pra mim??? NÃO!!!

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  2. Mau... eh a verdade... agente c preocupa com ela, MAS nao ligamos... ligamos apenas pros nossos narizes... Radih

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